Meu primeiro trabalho no exterior e 5 formas de conseguir o seu.
- Emanoelle Santos
- 1 de ago. de 2020
- 3 min de leitura

No dia primeiro de fevereiro de 2017 eu cheguei em Faro, Portugal. E no dia dois eu já tinha um emprego. Foi a contratação mais rápida que eu já vi e teve início com uma conversa no Facebook.
Na verdade, começou com uma busca por comércios da minha futura cidade que poderiam oferecer vagas de meio período (part time) para uma estudante. Fiz uma lista de estabelecimentos e joguei alguns nomes no Facebook. O bar Ditadura - que já não existe - havia publicado um anúncio ofertando uma vaga de garçonete...

A experiência deu certo por 30 dias. Embora divertida, a jornada de meia-noite às quatro ficou pesada demais para quem tinha aulas às nove. Além disso, havia outra preocupação: meu visto de estudante não dava permissão de trabalho. Portanto, pedi para sair.
A informalidade - para não dizer ilegalidade - é um caminho chamativo para muita gente que, por algum motivo, quer ou precisa trabalhar em um país estrangeiro. Essa foi uma saída para mim inúmeras vezes, não apenas em Portugal mas também nos Estados Unidos e no México.
Justamente por tê-la vivido, é que eu não a recomendo em primeira instância. Há outras alternativas, mesmo que pareçam impossíveis ou difíceis demais. Mas vou te contar: depois de mais de 6 trabalhos informais colecionados na minha carteira de memórias, passei a entender que sim, dá prá trabalhar no exterior legalmente!
Escrevo esse artigo para compartilhar algumas opções que eu encontrei durante os últimos 3 anos. Por isso, termine essa leitura sabendo que é possível encontrar um trabalho no exterior com preparação, dedicação e foco! Para fazer uma abordagem generalista, separei 5 ocasiões.
Ocasião #1: Uma empresa/organização quer me contratar
A melhor maneira de conseguir o visto de trabalho, é quando uma organização oferece uma oferta. Estamos falando de programas de estágios, trainee, entre outras vagas de tempo completo. O ponto é: você precisa buscá-la e estar preparada para enfrentar a concorrência!
Um excelente canal para encontrar vagas internacionais é o LinkedIn. Você pode filtrar através do país, da área de atuação ou da empresa. Assim, dá pra se candidatar diretamente pela plataforma ou seguir buscando nas páginas das empresas que você encontrar.
A AIESEC, por meio do programa Global Talent, também oferece oportunidades no mundo inteiro. Basta preencher o perfil e se candidatar.
Aqui também podemos citar os trabalhos voluntários. Em breve farei um post apenas sobre eles.
Ocasião #2: Trabalho no Brasil em uma multinacional
Também vale para empresas menores que estão em processo de expansão internacional, como é o caso de inúmeras startups brasileiras, além de outras empresas estrangeiras com operação no Brasil.
Estando em uma empresa que está presente em outros países, você pode demonstrar a disponibilidade e vontade de trabalhar no exterior. Para isso, deixe claro para seus líderes que você tem o interesse e, principalmente, que você está preparada para esse objetivo.
Ocasião #3: Sou empreendedora e quero abrir meu negócio fora
Inúmeros países, como Espanha e Portugal, oferecem vistos temporários - que podem ser convertidos em permanentes - para empreendedores que querem abrir empresas no território.
Cada país possui suas particularidades nesse processo, mas a maioria deles requer a apresentação de um plano de negócios bem como comprovação de renda. Para saber sobre esses requerimentos, busque informações no site do consulado do país de destino.
Ocasião #4: Estudo + trabalho
Muitos países oferecem vistos de trabalho para estudantes internacionais. Por exemplo, na Irlanda, estudantes de inglês matriculados em cursos full-time têm direito a trabalhar 20 horas semanais durante as aulas e 40 horas semanais durante as férias. Em Portugal, a permissão é dada apenas para estudantes matriculados em cursos de mais de 1 ano. Na Holanda, estudantes de mestrado também podem trabalhar part-time.
Agências de viagens realizam essa busca e agilizam o processo pra você. Mas se você preferir economizar, busque diretamente informações nos consulados e, na sequência, investigue no google os cursos em instituições que você deseja estudar.
Ocasião #5: Não tenho nada, mas vou assim mesmo!
Entrar no país como turista, procurar o emprego e, ao conseguir, dar entrada ao pedido de visto… Embora muito frequente, essa opção pode gerar dor de cabeça no futuro além do risco da deportação.
Em Portugal, por exemplo, o sistema dificulta o processo de quem opta por essa alternativa. Em outros locais, como o México, essa opção é inviável! Para conseguir o visto de trabalho você precisa necessariamente fazer o trâmite fora do México.
Tendo os riscos e benefícios em mente, sugiro que você planeje a mudança de país com antecedência, calma e sabedoria. Minha dica é: invista na sua formação profissional, principalmente de idiomas.
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